A mostra Sobrevoo, que Ricardo Ramos apresenta na galeria do Museu Cruz e Sousa, reúne trabalhos das duas fases mais marcantes de sua trajetória. Numa delas, estão reunidas as releituras pós-modernas que citam e reelaboram sob um novo olhar, clássicos da história da arte. Do ´Nascimento de Vênus´, de Botticelli, à ´Dança´ de Matisse, passando por diversos outros autores da preferência do artista, deparamos com inusitadas vistas aéreas, que imprimem toda uma nova atmosfera aos temas tratados pelos grandes mestres em suas obras originais.
O tratamento dos
elementos compositivos, os detalhes, os recortes e os próprios
ângulos de onde as cenas são captadas, remetem aos enquadramentos e
efeitos gráficos das histórias em quadrinho mais sofisticadas, ou
aos desenhos de animação. Essa tomada de cena observada do alto, plano que os
cineastas denominam de “plano de Deus”, constitui-se num dos
maiores ´achados´ de Ricardo, e já se tornou sua marca registrada.
Na fotografia, o artista paulista Cássio Vasconcellos já vem explorando as possibilidades expressivas das tomadas aéreas de praias com banhistas, como faz Ricardo Ramos através da pintura.
A originalidade nunca foi uma preocupação da pós-modernidade, ciente de que tudo já foi feito, e que inventar algo totalmente novo é praticamente impossível. Mas sempre é possível abordar o que já foi feito sob um novo olhar, perspectiva, ou ângulo, que acrescente ao tema um novo sentido, ou lhe atribua um novo significado.
Na fotografia, o artista paulista Cássio Vasconcellos já vem explorando as possibilidades expressivas das tomadas aéreas de praias com banhistas, como faz Ricardo Ramos através da pintura.
A originalidade nunca foi uma preocupação da pós-modernidade, ciente de que tudo já foi feito, e que inventar algo totalmente novo é praticamente impossível. Mas sempre é possível abordar o que já foi feito sob um novo olhar, perspectiva, ou ângulo, que acrescente ao tema um novo sentido, ou lhe atribua um novo significado.
É exatamente esse o
processo que Ricardo Ramos utiliza na elaboração de sua linguagem
segura, coerente e precisa, que pela qualidade e força, conquistou a
aprovação da crítica e do público.
Além das cenas praieiras, que lembram as fotos de Cássio, o grande ´achado´ de Ricardo foi submeter a esse mesmo plano de observação cenas provenientes dos temas tratados pelos grandes mestres da pintura. Nesse caso, a originalidade é indiscutível e o efeito surpreendente e fascinante, captando imediatamente a atenção do observador.
Além das cenas praieiras, que lembram as fotos de Cássio, o grande ´achado´ de Ricardo foi submeter a esse mesmo plano de observação cenas provenientes dos temas tratados pelos grandes mestres da pintura. Nesse caso, a originalidade é indiscutível e o efeito surpreendente e fascinante, captando imediatamente a atenção do observador.
Na Galeria da Casa Açoriana, um dos
locais onde o artista expõe suas obras, é
frequente constatar o encantamento e a surpresa do público com
seus trabalhos.
Tratando-se de arte contemporânea, sabemos o quanto é difícil a comunicação. Não é o caso das pinturas de Ricardo: com recursos técnicos muito bem utilizados, senso de humor contagiante e uma sempre presente alegria de viver, suas obras são daquelas que não deixam ninguém indiferente. Ao contrário, são um convite perene a celebração do que a vida tem de melhor. Não por menos, a ‘Dança’, de Matisse, pontifica na exposição em lugar de destaque, deixando claras as intenções expressivas desse artista tão singular.