domingo, 14 de janeiro de 2018

ROBSON LEAL – LUZ FORMA E FUNÇÃO.




Quem visitar a Galeria da Casa Açoriana nesta temporada de verão, irá surpreender-se com os trabalhos de autoria do designer Robson Leal.
Nascido em Tijucas, ele já expôs suas peças no Shopping Iguatemi onde vendeu quase a totalidade da mostra. Suas criações não são simplesmente luminárias, mas sim obras de arte surreais que unem o utilitário a uma mirabolante criatividade que apaixona, surpreende e encanta ao primeiro olhar. A beleza e originalidade dessas luminárias construídas através de encaixes de materiais reciclados garimpados em ferro velhos, depósitos de usados, e nas andanças do autor pelo mundo, expressa com sua estética out-sider nada convencional, o imaginário do artista, sua insatisfação com as prosaicas limitações do cotidiano e sua busca de elaborar uma linguagem própria que descubra novos significados para coisas já existentes. 
A arte é sem dúvida o meio mais eficiente para ressignificar coisas, objetos e a própria existência, e foi a ela que Robson se dedicou de corpo e alma nestes dois últimos anos para encontrar sua própria resposta para esse não sentido do dia-a-dia banal. As inventivas criações desse insólito designer são assemblages que misturam diversos elementos interconectados de forma inusitada. O resultado dessas montagens são composições de grande coerência, unidade formal e surpreendente beleza.
O gosto do autor pela botânica transparece em alguns detalhes que sugerem formas orgânicas como gavinhas, sementes, flores, troncos e galhos retorcidos. Esses materiais acoplados a lâmpadas, especialmente selecionadas, criam o clima das peças que se organizam espacialmente, criando ritmos e linhas harmônicas e elegantes. No espaço da Galeria a meia luz, as formas destacam-se ainda mais pelas luzes coloridas das originalíssimas luminárias, criando uma atmosfera divertida, lúdica e magica.





Com seus detalhes inumeráveis, que incluem antigas peras, tubos de ensaio, barômetros, peças de bijuteria, pesos de vidro, sementes, controles remotos, mecanismos de relojoaria, contadores manuais, dimers e toda uma inimaginável parafernália de peças, o conjunto escultórico funciona como uma lúdica e poética instalação luminosa que celebra o triunfo da imaginação, da criatividade e do talento:

  
  

   





















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